sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Amor


Eu te amei e você não sentiu

Eu te olhei e você não viu

Eu te toquei e você não sentiu

Agora, eu não te amo, não te olho, não te toco

e você me ama, me vê e me sente

Oh, estranho amor

Doce amor

Que se rende, que se entrega, que se dá

Se dá de forma voluntária, inteira entrega

entrega de corpos, de vidas, de almas

Amkr que se entrelaça,

Que se prende, que se prende em um só nó...

Amor que se acabou, amor que findou

Mas... se era amor, por que findou?

Amor que não era amor

Era atração, paixão, fascinação

Como um fogo, que vem intenso e logo cessa

Assim, é a paixão

Foi a minha paixão




Renascimento


As brincadeiras, os sorrisos, as lágrimas contidas e as que não se calaram, os retratos que se envelheceram pelo tempo, as gargalhadas de adolescentes que soam na mente de uma adulta que sonha e lembra dos anos passados, da adolescência, da juventude que passou tão rápida, que voou no tempo, que passou como um raio... impetuosa e que deixa rastros por onde passa. Assim, foi um pouco do meu caminho, do meu rastro, da minha vida.

Hoje, no auge da minha maturidade, lembro dos anos que se passaram. A aparência agora modificada, retrata um pouco do que o tempo levou... Cada foto, cada lembrança, cada situação. Engraçado como as coisas mudam tão rapidamente. As amizades que se foram. Algumas o destino levou para bem longe, outras a própria distância afastou. Os amores como sempre fortes, impulsivos, porém, inconstantes, infantis.

O que aconteceu com toda aquela nuvem de amizade, de amor e de fascinação que nos cercava? Aonde estão as pessoas que fizeram parte de um pedaço da minha vida? Aonde se esconderam os risos, as brincadeiras, as "molecagens"? Em que rumo caminharam todos os pequenos fragmentos que compuseram o meu "eu"?

Á música que entoa no rádio, a chuva fina que cai no solo me traz uma certa nostalgia. Lembranças... lembranças... Apenas isso! Hoje, o sol brilha com mais vigor, a nuvem escura e pesada que eu carregava se dissipou e eis que uma nuvem de esperança e alegria entra pela janela da minha vida, dos meus sonhos.

A assombração do passado, dos erros cometidos não me assustam mais. Eis que tudo mudou! A tempestade se dissipou e deu lugar a um belo arco-íris. Sim, na caixinha do passado, o que ficou foram apenas restos de algo que passou, ficou! Na caixinha sobraram grandes pedaços de laços fortes de amizade e carinho. Pessoas que se foram, que eu perdi, que a distância levou para longe de mim! Foi apenas o que restou...

Desenterrei os meus defuntos, mas apenas para viver outra vez, para lembrar outra vez e ver que nem tudo foi tão ruim assim. Que nem tudo foi tão mal assim. Desenterrei e enterrei novamente. Cavei uma grande cova e enterrei junto os meus medos, a minha mágoa, a minha frustração, as minhas lembranças!

Renasci das cinzas! Com mais maturidade, com maiz razão, com mais consciência! Renasci sim... Para uma nova vida, um novo despertar, uma nova esperança!!!