sábado, 6 de setembro de 2008

Sejamos vigilantes no Senhor


Texto Bíblico Básico: Judas 5,6,7
Diante da situação reinante naquelas primeiras comunidades cristãs, muitas dúvidas certamente surgiram no coração dos cristãos. A principal delas, certamente, dizia respeito à questão da intervenção divina na história. Será que Deus realmente permitiria que surgissem apóstatas? Essa postura divina seria algo novo? Assim, movido pelo Espírito Santo, nos versos cinco a sete de sua Epístola, Judas amplia sobremodo as informações que o Senhor desejava apresentar àquela Igreja. Judas principia com a solene e (ao mesmo tempo) grave declaração constante do verso cinco: Deus havia realizado prodígios em favor de Seu povo, tirando-o do Egito, mas os que não creram, foram simplesmente destruídos!
Apesar de desfrutar de certa simpatia com aquilo que se convencionou chamar de “segurança eterna dos crentes”, temos que admitir que esta perícope de Judas tem como principal objetivo chamar a atenção para o fato de que é possível que pessoas que antes eram espiritualmente privilegiadas possam vir a naufragar na vida! Judas está fazendo eco àquela exortação paulina: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia." (1Co 10:12).
Três episódios nos são apresentadas aqui, a fim de ilustrar esta verdade: a) o povo de Israel no deserto; b) os anjos que não guardaram sua habitação; e c) as cidades de Sodoma e Gomorra.
Vejamos o que podemos aprender com estas três situações descritas nas páginas do AT.
2. O QUE APRENDEMOS COM TUDO ISTO?
A pergunta natural que surge após esta tríplice informação é a seguinte: O que isto tem a ver conosco? O que aprendemos com tudo isto?
Pelo menos três grandes lições podem ser aprendidas:
a) Deus escolhe gratuitamente, mas espera reciprocidade. O episódio da saída do povo de Deus do Egito é incluído aqui com o objetivo de nos apresentar uma grande verdade: Deus é soberano. Ele escolhe gratuitamente. Ninguém pode influenciá-lO em Suas decisões. No entanto, a escolha de Deus visa objetivos bem definidos. Ele espera, entre outras coisas, que o chamado obtenha uma resposta favorável. Esta abordagem é especial aqui, pois considerando-se “espirituais”, os gnósticos abdicavam na necessidade de uma vida de vigilância, o que, na prática levava-os a viverem de forma dissoluta.
b) Deus é justo em todos os Seus caminhos. A segunda grande lição que aprendemos aqui, é que Deus é justo em todos os Seus caminhos. Ora, se aos anjos, criaturas especialmente preparadas, Deus impôs o rigor de um “castigo eterno” em função de sua queda, quanto mais o fará em relação àqueles que, conhecendo o Caminho, se apostatam dele. Judas está nos exortando, portanto, a sermos diligentes e a vigiarmos sobre nós mesmos, conforme amplo ensino de toda Escritura Sagrada.
c) Deus pune o pecado com o rigor que ele exige. A última grande lição que podemos aprender aqui é que Deus pune o pecado com o rigor que ele merece. O exemplo usado é o das cidades impenitentes de Sodoma e Gomorra. Sobre elas, é dito que foram colocadas como exemplo, justamente por causa das imoralidades ali praticadas. Somos ainda informados acerca destas cidades que elas “sofreram a pena de fogo eterno”.
3.CONCLUSÃO
Este trecho da Carta de Judas nos exorta a que sejamos vigilantes. Ensina-nos, portanto, que Deus espera de nós uma resposta favorável à Sua graça, uma vez que, por ser justo, Ele pune o pecado com o rigor que o pecado requer. Sejamos, portanto, sóbrios e vigilantes!

Lázaro Soares de Assis

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