Essa semana enquanto eu olhava um site vi uma notícia que me deixou um tanto triste. O Patrick Swaize faleceu vítima de câncer. Nem acreditei, embora eu soubesse que ele estava em estado terminal. Nem era fã dele, nem nada, mas acompanhei os seus filmes de maiores sucessos, entre eles, Dirt Dancing, Ghost, sem contar aquela música linda dele "She is link the wind". Aquela música fez parte da minha adolescência! Calma, não sou tão velha assim (hehehe), mas sempre tive uma forte ficção por músicas da década de 80.
O que um câncer não faz com uma pessoa!? O Patrick Swaize nas décadas de 80 e 90, era muito lindo. Tinha um rosto e corpo perfeitos, dançava divinamente bem (até porque ele era filho de bailarina) e agora, de dois anos pra cá, tempo em que descobriu sua doença, foi definhando aos poucos. A beleza de outrora foi acabando à medida em que lutava contra a doença.
Se tem algo que admirei nele durante esses dois anos, foi a sua interminável força de vontade de viver. Ele não entregava os pontos de forma nenhuma. Lutava bravamente e quando sentia que estava um pouco melhorar, comemorava como se já tivesse vencido o CA. E pensar que nós abrimos a boca pra reclamar de coisas tão banais. `As vezes a gente reclama de uma comida que não gosta, de um bife mal passado, de um dinheiro que não recebeu, de uma roupa que não tem e tantas e tantas outras coisas...
Quando olho para esse tipo de pessoa, vejo o quanto tenho que mudar ainda. Infelizmente, ainda abro a boca pra reclamar de algumas coisas. É o dinheiro que falta pra pagar uma conta, é uma sandália nova que não tenho, um perfume que eu não gosto e sou obrigada a usar por não ter dinheiro pra comprar um da Natura ou Boticário agora. Tantas futilidades!
Outro exemplo recente foi de um mendigo que conheci há alguns meses atrás. Ele sempre vem aqui em casa pedir comida e eu sempre dou. Fico com pena. Ele é um velhinho. Eu tenho muita pena de pessoas idosas. Sei que acabei pegando amizade com ele e um dia desses, conversei muito com ele, que me contou aos prantos, a sua história de vida. Fiquei com pena, me deu vontade de chorar também, meu coração ficou muito apertado. Ele dizia que nunca pensou que ficaria naquela situação um dia na vida, já que, tinha uma condição de vida boa, mas acabou perdendo tudo. Perdeu a mãe, o pai, a irmã e o dinheiro pois, segundo ele, não era uma pessoa econômica. Como nunca casou, ficou sozinho na vida e sem dinheiro, sem contar, que sofreu um derrame e teve que vender a casa dos pais para pagar um tratamento. Hoje, ele vive pedindo comida na porta para se manter. O coitado fala com muita dificuldade devido ao derrame, mas dá para entender o que diz. E pensar também que há pessoas que maltratam e humilham pessoas como esse pobre mendigo. Eu nem poss chamar de SER HUMANO tais que praticam isso!
Quando vejo pessoas como esse pedinte, queria ter muito dinheiro para poder ajudar mais do que posso, mas me sinto uma inútil, uma impotente. Mas já que não sou rica, faço por ele uma coisa que vale mais do que qualquer coisa no mundo: oração! Oro para que Deus tenha misericórdia dele e que o sustente, mudando a sua sorte.
São casos como o do Patrick Swaize que lutou para viver, o desse mendigo e de tantos outros aí afora, que me fazem pensar na minha vida. É, não tenho casa própria, nem carro, nem um emprego de carteira assinada, mas graças a Deus, tenho a minha salvação comprada pelo sangue de Jesus Cristo no calvário, tenho felicidade, tenho um marido bom no qual desfrutamos de um ótimo relacionamento, não falta o pão de cada dia aqui em casa, tenho pais maravilhosos, tenho um emprego onde eu posso pagar minhas contas e comprar alguma besteirinha pra mim (isso quando sobra), tenho uma sogra e cunhadas boas onde mantenho um bom relacionamento com elas, não tenho roupas de grife e nem da moda (até pq nunca liguei pra isso), mas tenho o suficiente para andar razoavelmente bem na medida do possível, tenho uma chefe boa e compreensível, não tenho inimizades com ninguém, me dou bem com todos, enfim, SOU FELIZ!
No fundo, percebo que a única coisa que falta mesmo é aceitar a vida e a realidade como elas são de fato. É aceitar a sua condição. Se é rico, dê graças a Deus, se é pobre, agradeça por isso também. Se está desempregado, doente, morando numa casa de taipa, sem namorado, com contas pra pagar, agradeça também. À medida em que fizermos isso, vamos realmente fazer a diferença e nossa sorte pode mudar porque Deus aprecia quando confiamos e depositamos nossa fé nEle. É por isso que digo: se você quer ser um pontinho reluzente no céu, faça por onde e os outros verão a diferença em você.
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